Não é passivo abordar a problemática da mediação de seguros. Porém, uma coisa é certa independentemente donível da imagem de cada seguradora é a mediação de seguros que mais enfrenta as realidades do mercado já que só através das redes de distribuição se consegue explicar às populações as vantagens exactas e concretas de cada modalidade de seguros, descodificando toda a sua complexidade dialéctica. Por isso mesmo, e não só, é que a mediação de seguros é extremamente importante, direi mesmo imprescindível, na dinâmica empresarial do sector. Isto não significa, obviamente, que não existam lacunas na sua actuação. Talvez mais por culpa das próprias seguradoras as redes de mediação têm-se mais preocupado com a “dança das transferências”, conquistando clientes à custa da degradação do preço, do que no desenvolvimento da prospecção de novos clientes e na sua manutenção, ou na análise ponderada das suas reais necessidades de segurança e nas suas possibilidades financeiras.
Todos sabemos que mesmo em tempo de crise determinados grupos profissionais, e mesmo particulares, estão ainda inadequadamente cobertos pelo seguro. Não é fácil a actividade da mediação de seguros. Riscos, prémios, grupos de pessoas expostas aos mais diversificados riscos quer directamente quer através do seu interesse puramente patrimonial; o tratamento do sinistro e a eventualidade de um dano; a indemnização e a sua proporcionalidade com respeito a imperativos de equidade e homogeneidade entre os interesses vinculados, são na sua totalidade e complexidade factores de trabalho do profissional da mediação.
Aqui convém acentuar que é, sem dúvida, uma panóplia de questões nem sempre passivas e em muitas situações até de complexa conflitualidade. Nunca é demais repetir que o futuro da mediação e a sua própria imagem não deve ser apreciada pela corrida aos “ranking” de produção (bitola da maioria das seguradoras) mas sim pela qualidade de serviços efectivos, especialmente através de um atendimento esclarecedor, simples, correcto, cortês e ajustado às reais necessidades dos clientes. Por isso mesmo é que o mediador de seguros é, para o Segurado a “cara visível” da Seguradora, no sentido de o ajudar a resolver os problemas inerentes à sua apólice de seguro.
Esperamos que em 2010 as seguradoras desenvolvam projectos que dignifiquem tão importante e nobre actividade.
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