Fomos recentemente questionados
em público por alguém que conhecendo as nossas envolvências profissionais
queria saber, em jeito de desafio, se era verdade que “o seguro morreu de velho”.
Uma reacção imediatista remete
para um rotundo não completado com a ideia de que a Instituição está bem viva e
dinâmica oferecendo protecção multivalente contra as vicissitudes do incerto.
Mas importa dilucidar o aforismo,
procedendo à sua cuidadosa análise.
Com efeito, o interrogante quando
colocou a questão em termos orais confundiu, intencional ou não intencionalmente,
o seguro enquanto qualidade do que está imune ao acidente e o Seguro enquanto instituição
integrando modelos destinados a proteger pessoas e patrimónios quanto à
possível mas incerta materialização de riscos.
Ou seja, confundiu o adjectivo
comum seguro com o substantivo próprio Seguro.
Dito de outro modo, assimilou a
qualidade do que é seguro ao sector segurador que integra meios organizados
cuja essência é a oferta de segurança.
Quando se diz prosaicamente que o
seguro morreu de velho, está-se implicitamente a valorar a prevenção, a
ausência de risco, enquanto via de projecção da realidade em presença até aos
inexoráveis desgastes e limites impostos pelo tempo.
A qualidade do que é seguro está
ao abrigo do sobressalto danoso aleatório e só os efeitos persistentes de
calendário podem danificar os contornos naturais do ser.
A outra acepção falada do termo
seguro, é Seguro substantivo próprio, com letra grande, para significar a construção
instrumental apta à manutenção de níveis de fruição ou à protecção de fontes de
rendimento corporizando a sua função nuclear de oferta de segurança.
E a instituição Seguro está viva
e bem viva.
Acompanha a dinâmica da vida
procurando afastar do horizonte as consequências negativas daqueles riscos de
origem humana ou decorrentes da natureza que podem ser medidos e tratados em
base
técnica.
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