quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O seguro morreu de velho?


Fomos recentemente questionados em público por alguém que conhecendo as nossas envolvências profissionais queria saber, em jeito de desafio, se era verdade que “o seguro morreu de velho”.
Uma reacção imediatista remete para um rotundo não completado com a ideia de que a Instituição está bem viva e dinâmica oferecendo protecção multivalente contra as vicissitudes do incerto.
Mas importa dilucidar o aforismo, procedendo à sua cuidadosa análise.
Com efeito, o interrogante quando colocou a questão em termos orais confundiu, intencional ou não intencionalmente, o seguro enquanto qualidade do que está imune ao acidente e o Seguro enquanto instituição integrando modelos destinados a proteger pessoas e patrimónios quanto à possível mas incerta materialização de riscos.
Ou seja, confundiu o adjectivo comum seguro com o substantivo próprio Seguro.
Dito de outro modo, assimilou a qualidade do que é seguro ao sector segurador que integra meios organizados cuja essência é a oferta de segurança.
Quando se diz prosaicamente que o seguro morreu de velho, está-se implicitamente a valorar a prevenção, a ausência de risco, enquanto via de projecção da realidade em presença até aos inexoráveis desgastes e limites impostos pelo tempo.
A qualidade do que é seguro está ao abrigo do sobressalto danoso aleatório e só os efeitos persistentes de calendário podem danificar os contornos naturais do ser.
A outra acepção falada do termo seguro, é Seguro substantivo próprio, com letra grande, para significar a construção instrumental apta à manutenção de níveis de fruição ou à protecção de fontes de rendimento corporizando a sua função nuclear de oferta de segurança.
E a instituição Seguro está viva e bem viva.
Acompanha a dinâmica da vida procurando afastar do horizonte as consequências negativas daqueles riscos de origem humana ou decorrentes da natureza que podem ser medidos e tratados em base
técnica.

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