sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Uma nova realidade: Venda de outras modalidades


A actividade seguradora poderia, e deveria, questionar se os contratos de seguros actualmente existentes respondem adequadamente às exigências dos clientes, e se são eficazes para as suas necessidades.
Os clientes hoje são muito diferentes e mais exigentes e as seguradoras pouco ou quase nada os têm escutado…
O cliente está muito mais formado e informado pelo que já “aprendeu” a reclamar, sobretudo ao seu mediador, um melhor apoio, um eficiente assessoramento e um maior rigor na hora de estabelecer soluções e de assistência rápida em caso de acidente ou de sinistro.
Por exemplo, muitas seguradoras não se decidem a reduzir coberturas ou capitais, simplificar ou e evitar duplicidades porque tal supõe a diminuição dos prémios que não estão dispostos a perder.
Talvez por tudo isto é que se está a viver uma situação de mercado “low-cost” que leva o cliente a pensar que nos anos anteriores a sua seguradora lhe estava a cobrar preços elevados! Obviamente que se se fizer qualquer redução (de capital ou cobertura) haverá uma significativa baixa do prémio e as seguradoras não vislumbram alternativas para compensar essa quebra económica, especialmente num período de crise. O facto é que as redes de distribuição - fortemente motivadas pelas áreas de marketing - apenas pensam na venda do seguro automóvel e muito poucas acções desenvolvem para uma consistente prospecção de outros ramos e modalidades.
Mas, há que reconhecer que se deve optar por uma “venda segundo a necessidade e capacidade de pagamento de cada cliente”, ou seja, os seguros devem ser adequados à nova realidade dos clientes. Novos tempos, novas necessidades, novas ofertas.
Durante os tempos de bonança as seguradoras direccionaram todo o seu esforço de vendas para segurar os bens que eram massivamente adquiridos pelos consumidores, pelo que devem, agora, fazer uma reflexão e um grande esforço no desenvolvimento
das suas redes para a venda de outro tipo de necessidades, quiçá mais prementes, nomeadamente para a segurança do seu dia-a-dia e do seu próprio futuro.
Parece claro que os seguros não evoluíram com a sociedade. Muitas das “inovações” - (mais ajustamentos do que inovações) - resultaram de obrigações normativas e não de verdadeiros novos riscos sociais.
Definitivamente a actividade seguradora teria melhor imagem e uma melhor e maior “produção”, se o sector não fosse tão desconfiado, de tudo e de todos, e proporcionasse uma oferta mais variada e ajustada aos novos riscos. Assim, o cliente tem que adaptar-se
ao que existe no mercado e não tem hipóteses de eleger, segundo as suas necessidades para as diferentes etapas da sua vista, os seguros que ele efectivamente deseja e pode pagar.

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